quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Pobre cinemateca

A cinemateca vai deixar de ser um organismo público, ou pelo menos considerado de interesse e serviço público.
Pessoalmente, acho que é uma grande pena.

A cinemateca é como um conceito, com o seu quê de romântico no céu estrelado que antecede a entrada na sala, de resistência do cinema nos seus espectadores ferrenhos e idosos, que parecem esquecidos de uma sessão para a outra.
Isto para além de ser dos edifícios mais bonitos de Lisboa.

Por outro lado, e como as revoltas estão muito na moda, pode ser que isto tenha o efeito positivo de levar as pessoas à cinemateca. É bom, barato, e dá milhões.

Um filme por dia, não sabe o bem que via.

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

contra informação

A população portuguesa sente-se intranquila, ao assistir nos últimos dias às imagens de uma revolução num país cujo nome não reconhecem.
“Eu tenho medo, pois claro que tenho! Falam em Egito isto, Egito aquilo, mas não dizem onde é... Eu sei lá o que é isso? Como as pessoas parecem meio muçulmanas, eu ainda fui ver se não seria no Martim Moniz, mas lá estava tudo tranquilo.” - Confidenciou-nos Alberto Juvenal, portador do BI número 128473.
Isaltina Oxalá também confessa estar inquieta com as notícias da revolução no país desconhecido: “Oh credo, e se isto chega cá? Eu estava a comentar isso com o meu filho Paulo – que vivia no Egipto, mas agora voltou – e ele também acha que as televisões deviam dizer que raio de país é este...