O entusiasmo pela inauguração deste blog veio um bocado retardado. É comó vejete, já não responde ao desejo como dantes. Vamos lá pôr este show na road.
O RIO
Foi há tanto tempo, eu sei,
ainda deus fecundava as terras.
Não houve vivalma a notar
que rebentaram as águas às pedras.
Esse fio correu escorreito,
fundou pé a pé o caminho.
De papo para o ar no leito,
descansa com as estrelas, sozinho.
(Tanta margem para dúvidas:
Se me espalho ao comprido…
Se arrisco e saio orgulhoso
Da frescura do tecido?)
Alçado,
por pontes às costas.
Engole o passado
no soluço das ondas
(pirolitos dos que lá ficaram,
às postas).
Essa água,
que amadurece com o sal
no poente do rio,
contagiada de viagens…
E nós velhos de o ver correr.
Enfim sobe aos céus,
quando a vida se evapora,
para de novo adubar
a faina e a flora.
quarta-feira, 10 de março de 2010
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Influências Torguianas?
ResponderEliminarA 4ª estrofe está muito bem conseguida.