sexta-feira, 12 de março de 2010

Ascensão, Apogeu e Queda de uma Gripe


Surge hoje uma notícia que informa a mortalidade infligida pelo vírus H1N1 (mais conhecido por "Gripe A").
O número é matulão, e corresponde a quase 17 mil pessoas.
Isso mesmo.
Corresponde praticamente à lotação de 4 concertos do Michael Carreira no Coliseu dos Recreios. A diferença reside no facto de que o vírus é mais saudável e pode ser controlado.
Desde que a epidemia foi revelada pelos media, o burburinho da polémica e do pânico foi aos poucos assolando a opinião pública.
Primeiro foram os tratadores de porcos que se insurgiram com o nome inicial da pandemia (Gripe Suína), pois consideravam que este era pejorativo para a indústria da suinocultura.
Isso tirou logo alguma piada, uma vez que impossibilitou alguns trocadilhos como "vai tudo com os porcos" ou "aquele está quase a esticar o pernil"...
Depois foi o pânico pela falta de Tamiflu.
Não havia Tamiflu suficiente.
E deus sabe a falta que o Tamiflu faz a um homem.
O meu bisavô tomava a versão xarope todos os dias com a sopa de cavalo cansado e isso ajudou-o a ultrapassar a II Guerra Mundial sem um arranhão.
Mas recentemente a Gripe A começou a entrar em declínio...
Talvez devido a má publicidade ou incompetência dos seus agentes, era cada vez menos habitual a sua presença nos noticiários e nas primeiras páginas dos jornais.
A H1N1 acabou por sofrer um golpe rude no mundo do estrelato enquanto as "Fashion Victims" dirigiam a sua parca atenção para novas tragédias mundiais.
Por cá ficam as saudades, de um tempo em que espirrar no metro causava mais pânico do que andar com uma G-3 a tiracolo.

2 comentários:

  1. O teu bisavô teve sorte, porque houve muitos portugueses em cacilhas que morreram às mãos dos nazis, quando estes invadiram portugal.
    O meu bisavô ficou tão assustado com o estado do mundo que nunca teve filhos. (espera aí...)

    ResponderEliminar
  2. que saudades!!! e digo tamiflu sempre que a vida me permite!! :)

    ResponderEliminar